Agência Verbalize

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

.: Estamos sumidos, mas não mortos :.

Eu sei que andamos meio sumidos por aqui, mas é por uma boa causa, estamos todos felizes com os nossos empregos e a faculdade está corrida pra todo mundo...Queria, primeiro, pedir desculpas pelo chá de sumisso , #CháComBiscoito ou  #CháDeCogumelo ! (PiadaInterna)

Mas vamos a um post, de uma revista que se chama Offline, uma revista feita por publicitários, jornalistas e estudantes, que nem nós, de estudante para estudante...e é muito legal essa histórinha, bora lá?

GO !
GO !
GO !

VERBALIZE!


.: QUASE A PRIMEIRA VEZ!

Por: Luis Gustavo
Luisoct@superig.com.br





" Eram quatro da tarde, acabei de sair da escola, escola mesmo. Nunca fiz nada, a ultima vez foi semana passada, no banheiro: Homenageei uma desconhecida, se é que me entende. Caminhando contra desconhecidos, que eu não homenagiaria da mesmoa forma, encontrei um orelhão, um orelhão verde com aquele anúncio, anúncio da solução dos meus problemas eréticos, não são eróticos (um garoto como eu não erotizava, mas ficava ereto sem perceber quando toma banho).

Liguei, nervoso, sussurros, quanto é? Onde é? Vinte reais, o tanto de uma mesada, foi dia de mesada, louvável dia. Muito bem, desliguei o telefone. Publicidade e telefone combinaram como nunca (o futuro da propaganda). Caminhei não era tão longe. Um prédio antigo, não sabia que 69 era um número sugestivo. O rapaz da recepção me perguntou aonde eu ia. Subir, apenas.

subi, paredes velhas, dois rapazes desciam, riram do garoto. Eu era garoto. Uma porta com uma estrela e um monte de adesivos, era ali, achava. O cheiro de incenso barato se sentir do carredor. Bati, uma japonesa de cinta-liga, peitos caidos e um sorriso vendedor. Não estranharam minha idade. Entrei, sentei, dez garotas vieram. Fiquei com medo da grandona, não. Mas arrisquei, vamos?

fomos a um quarto, se é que aquilo podia ser chamado de quarto. Mas o que me importava era ela, não as perebas dela. Tinha os peitos que sempre quis ter...na minha boca. Espanhola é mito ibérico. Paga e tira a roupa, falou, tá falado. Nu e sem dinheiro, vi ereto meu playmobil de doze anos. Com toda a sua altura, ela tirou a roupa: ejaculei."


Postado por @brunocamps

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

[Resenha] Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro

É possível que a sequência de um filme use os mesmos elementos do primeiro e ainda assim seja totalmente diferente do primeiro? O Diretor da série Tropa de Elite, José Padilha, mostra que sim. Tropa de Elite 2 consegue ser ainda melhor que o primeiro, pois agora mostra uma visão ampla das favelas do Rio de Janeiro. Antes, a visão era a dos peões em um jogo de xadrez: frente de batalha.
Como o próprio Capitão Nascimento fala durante sua narrativa, trata-se de uma guerra, e nesse caso, Padilha acerta em cheio ao escolher construir um cenário mais complexo e completo. O filme mostra a participação que cada setor da sociedade carioca tem na construção do cenário que o Rio é hoje. Existiram boatos de que nos bastidores, houve pressão para que o filme fosse lançado após o primeiro turno das eleições, pois temia-se que atrapalhasse a candidatura do governador, que aliás, tem sua caricatura presente no filme. O Diretor José Padilha nega, argumentando que o filme foi lançado às vésperas do segundo turno, numa tentativa de forçar a discussão sobre segurança pública no plano nacional, envolvendo os dois candidatos.
Tropa de Elite 2 é diferente do primeiro justamente porque a trama desenvolve-se nos bastidores. O Bope em ação fica em segundo plano, mas quando aparece, é com a mesma impetuosidade de antes. As cenas de ação foram bem feitas e a montagem ajuda. É necessário dizer que a qualidade sonora aumentou, e agora, é possível distinguir sons, sem ter a sensação de que existem ruídos embolados. O filme custou aproximadamente R$ 15 milhões, e fica a sensação de que cada centavo usado foi muito bem gasto. Para que esse investimento não fosse por água abaixo, foi montado um esquema de segurança, para evitar que se repetisse o vazamento das imagens como no primeiro longa.
O protagonista e narrador Capitão Nascimento está mais velho, maduro e vestido com os trajes de um herói grego. Agora suas feridas internas ficam em maior evidência, e a história caminha a passos largos durante o filme para um final infeliz, pois sofre derrotas atrás de derrotas. Perde o posto no comando do Bope, mas por uma circunstância vira sub-secretário de inteligência, quando também não consegue ser ouvido. Seu filho fica cada vez mais distante, e sua ex-mulher casa-se com seu maior crítico. Aliás, Padilha usa esse paralelo para mostrar duas frentes de batalha pela derrota do mesmo inimigo, a diferença de métodos e princípios e o objetivo em comum.
Os bordões que ajudaram a contruir a identidade do primeiro filme junto ao público, não aparecem nesse filme, mas surgem novos, apresentados por um personagem remanescente do primeiro, Fábio, que é candidato a ser lembrando por frases como "tá de pombagirice?", "cada cachorro que lamba sua caceta" e "quer me foder, me beija". A diversão está garantida, e o filme vale o ingresso.
Tropa 2 tem tiros, favelas, bordões, festa e drama, os mesmos ingredientes do primeiro, apresentados de outro ângulo, com outro propósito. Por isso, não é contraditório dizer que é igual, mesmo sendo diferente.


Post By @TiagoT83