Agência Verbalize

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

.: Trust Me - A Série do Publicitário (LEGENDADO) :.



Depois de Mad Men escarafunchar o meio publicitário da década de 60, mostrando toda a briga de egos, jogadas sujas e traições que ocorrem nos bastidores das agências, chegamos aos tempos atuais com uma nova série. Chama-se “Trust me”

Apesar de não ter a mesma classe de “Mad Men” – que, vamos e convenhamos, carrega a grife HBO em sua produção –, “Trust me” tem seu encanto.

A trama gira em torno da dupla de criação Mason McGuire (Erick McCormack, o Will de “Will & Grace”) e Conner (Tom Cavanagh, o pai de Eli nos flashbacks de “Eli Stone”), estrelas de uma agência de publicidade de Chicago.

O start da série é quando Mason é promovido a diretor de criação. A amizade dos dois começa a ser testada em meio a uma briga de egos tremenda.

Observações:

1) A série é bastante verossímil sobre o dia-a-dia de uma grande agência de publicidade, com a supervalorização de prêmios, os egos inchados e as rasteiras desse ambiente cheio de cobras. Não por acaso, é escritas por dois ex-publicitários que viraram roteiristas de TV.

2) O carisma da dupla de protagonistas é impressionante. Mason e Conner formam, por assim dizer, um belo casal. E conseguem transmitir bem pra telinha esse sentimento que une as duplas de criação (amizade, cumplicidade, companheirismo).

3) Os diálogos são o ponto forte da série. Principalmente quando a dupla de criação começa a fazer um brainstorm e você vê a idéia surgindo.


Download: Before and After 1° Ep. legendado


@brunocamps

domingo, 16 de janeiro de 2011

Águas de Janeiro, Fevereiro, Março...

É redundante e lugar comum dizer que as chuvas novamente causaram tragédias, que embora todos nós tenhamos noção disso, nada foi feito. Não deveria ser assim.
Não gostaria que meu primeiro post no blog em 2011 fosse pra falar de mais uma das mazelas do nosso amado Brasil, porém, de tantas coisas que vem acontecendo, essa foi a que mais me motivou a escrever. Nem o fato histórico de termos hoje uma mulher como presidente da República tinha me tirado das “férias”.
O Rio de Janeiro sofreu, como sofre há anos, com as chuvas, e dessa vez, as centenas de mortos tendem a elevar a tragédia ao posto de maior catástrofe da história do Brasil. O Rio, estado que abriga uma das mais belas cidades do mundo, vive o replay da tragédia acontecida meses antes no morro do Bumba, em Niterói; do deslizamento em Angra dos Reis que soterrou uma pousada; e alguns outros mais antigos.
Não é preciso lembrar que o Rio de Janeiro não sai do noticiário, seja pela guerra civil no Morro do Alemão, seja por deslizamentos de terra que matam famílias inteiras, seja pelas novelas que se passam na cidade, seja pela Olimpíada que ocorrerá na cidade… E aí, o que fazer?
Sou um entusiasta dos eventos esportivos que ocorrerão no país nos próximos 6 anos, e entendo que, para abrigar eventos como a Copa do Mundo e Olimpíadas o país faz um esforço para construir uma infraestrutura e isso traz geração de empregos, novos turistas, publicidade para o país e sua economia, cultura. Porém, é necessário fazer as perguntas certas. É correto que a reconstrução das cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis (que foram varridas do mapa) custe por volta de R$ 600 milhões, e a reforma do Maracanã custe R$ 1 bilhão? Sou um publicitário, mas me pergunto se é correto que nossos governantes (municipais, estaduais e federal) destinem tanta verba para publicidade de ações que não passam de suas obrigações? Como será se, durante esses eventos esportivos, pipocar uma rebelião numa dessas favelas, ou se um morro descer sobre centenas de vidas na final da Copa?
Aquelas famílias estavam nos locais errados, e dentre as causas dos deslizamentos de terra nos morros, estão ocupação irregular do solo e desmatamento. Prevenir essas situações é o tipo de ação que político nenhum gosta de tomar, porquê não gera publicidade e certas vezes, descontentamento de quem construiu seu barraco perto do local onde cresceu e se vê obrigado a mudar. Mas, é essencial que cobremos uma mudança de postura dos políticos, para que passem a trabalhar num plano a longo prazo de habitação, evitando assim que pessoas ocupem locais que, mais tarde, a natureza cobrará seu caro aluguel.
Muito disso acaba sendo culpa nossa, por raciocinar sempre a partir de um pensamento de conveniência, de conseguir vantagem pra si mesmo. O brasileiro e sua incansável busca por se dar melhor, fazer arranjos, burlar o sistema, sonegar imposto, votar em quem oferece favores. O fim do ciclo é esse: descaso por parte de políticos despreparados que não querem largar o osso; pessoas pobres ou ricas, analfabetas ou formadas, famintas ou satisfeitas, soterradas por suas próprias casas, afinal a natureza não distingue conta bancária, despensa ou diplomas.

Publicado por @TiagoT83
Post originalmente publicado neste link.