Nesta última quinta feira, tivemos o debate da Globo, considerado o principal da campanha política para presidente, e infelizmente, Dilma e Serra fugiram das propostas e falaram sobre o passado, feitos antigos, paternidade de iniciativas, etc. É um velho hábito dessa classe política ultrapassada que aí está, uma velha mania de remendar o que existe, ao invés de projetar um futuro com ideias novas.
A verdade é que ninguém quer saber se o Bolsa-Família é do Lula ou começou com o Bolsa-Escola do FHC. Queremos um país onde as pessoas não precisem de bolsa alguma, que sejam autonômas, que trabalhem em empregos dignos e vivam com o que recebem pelo trabalho. A manutenção dessas políticas como se fossem “conquistas definitivas” faz surgir um sentimento de comodidade nos mais pobres: é mais fácil ser pobre, analfabeto, afinal a pátria amada vai sempre carregá-los como indefesos. Não é que não devamos socorrê-los, mas também não podemos nos tornar assistencialistas eternos!
É preciso pensar num país a longo prazo, olhando para frente, e um país forte, que pretensamente se auto-intitula do futuro, não pode ser refém de projetos de poder de partidos. É preciso lutar por um plano de governo, em que não importa quem esteja no poder, há obrigações a serem cumpridas, avanços a serem conquistados, satisfações a serem dadas.
É preciso brigar por um país onde a liberdade de expressão seja direito intocável. Pessoas que se dizem heróis da democracia, que ostentam o rótulo de perseguidos políticos durante a ditadura, hoje imprimem suas próprias censuras.
É preciso impor nas urnas, que alguns requisitos sejam atendidos por candidatos. Onde chegaremos se elegermos um candidato a Senador que espanca a mulher e tem uma ONG que deve milhões ao governo? Onde chegaremos se elegermos um palhaço (literalmente) analfabeto, quando a Constituição proíbe analfabetos de serem eleitos? Que tipo de país nós somos, se o Estado não oferece educação, mas exige que se saiba ler e escrever? Que tipo de futuro queremos: um futuro com Lulas, que censuram a imprensa livre e atropelam as leis com convicção de que estão acima do bem e do mal ou o país que ousou destituir um presidente nos primeiros anos de democracia, pelo bem da mesma?
O Brasil é um paradoxo, mas precisa deixar de sê-lo. A coerência é ingrediente substancial para chegarmos a algum lugar bom. O Brasil precisa de uma presidente forte e livre de alianças suspeitas, alguém que tenha propostas olhando para frente, pensando em ensinar a pescar, e não preocupada em receber novos votos por ter dado o peixe. Alguém que tenha enfrentado a Ditadura pelos meios legais, e não que tenha sido assaltante de bancos para financiar a resistência. Alguns princípios não devem jamais ser corrompidos, ou corre-se o risco de pagar um preço altíssimo. Chega de eleger gente que cobra pelos serviços prestados. É tempo de Marina Silva, uma mulher serena, firme, inteligente e com ideias novas.
postado por @tiagot83
Nenhum comentário:
Postar um comentário